domingo, 26 de fevereiro de 2023

Resident Evil 6 (Ps3)


O infame jogo da franquia (rivalizando com o RE: Operation Racoon City) que todos adoram detonar, muito por que o jogo se perde em "n" jogabilidades e a estoria transborda momentos de ação em execesso com interpretações canastronas.
Mas a parte disso é um bom jogo, tem suas palhaçadas com ás QTEs em excesso e a falta de do game em explicar a sua jogabilidade, que parece ser simples, mas tem bastante detalhe que deveria ter um tutorial para ensinar o jogador. Mas se você abraçar o absurdo da trama e tentar entender seus controles, pode ser um game bem divertido.

A jogabilidade não é simplesmente "atirar e andar", que na real até funciona na campanha do Leon. Mas nas demais fica injogável, por que você estará constantemente sem munição. O ponto forte do jogo é o "quick shoot", que permite que você exaecute os inimigos e poupe munição. Os controles são complexos e tem vários movimentos que podemos fazer, alguns bem complexos e não sei por que, não tem tutorial no jogo (muito menos manual fisico/digital explicando os movimentos)! O que complica, por que muito da diversão do jogo vem em dominar esses movimentos, se jogar como um 3rd person shooter comum, vai ser bem chato e monotono. Agora se dominar o quick shoot e seus demais comandos ele se torna bem divertido e tem bons momentos. Então indico dar uma olhada no youtube para aprender ás "manhas" dos controles. 
Mas o que peca pesado, é nos momentos "plataforma", onde se vê na cara dura que estão tentando emular Uncharted (e falhando miseravelmente). O principal problema é a camera, ela não se movimenta de forma que dé para executar ás ações direito (ainda mais se você estiver usando a padrão, que praticamente o personagem ocupa quase toda a tela. Ou seja, indico fortemente troque o modo de tela nas opções antes de jogar). Tem momentos (principalmente com o Chris e a Ada) que dá vontade jogar o controle na parede! Morri mais nessas partes que para os inimigos...
Outra mancada foi nas sessões onde se tem que "dirigir" qualquer veiculo, simplesmente horrivel. E nas abussivas QTEs que estragam a sua chance de ver ás cutscenes, alé, de interromper o gameplay o tempo todo, para um mini-game chato pacas! Contanto, assim que você entende os controles, esquece que esta jogando um Resident Evil, aceita os exageros e releva suas falhas, RE6 pode ser bem divertido, especialmente em coop.
Temos 4 campanhas para jogar,  com suas tramas e estilo de "gameplay": Leon é mais proximo do RE "rais" (na real mais do 4); Chris é "call of dutty" com mutações; Jake é no geral porrada com alguns momentos de tiro;  Ada é para ser "stealth", mas é tão porca a jogabilidade nesse sentido que não rola (acabei jogando no modo normal), com alguns quebra-cabeças simples.
os inimigos se resumem a zumbas (com variações chupadas de left 4 dead), J'avos (soldados que se não executados, sofrem algum tipo de mutação: tipo borboletas, gafanhotos, e galinhas) e o novo "regenerator" que parece F0d4, mas não é... Os chefes são esponjas de bala e nada interessantes. Mesmo abusando no exageros em sua mutações (cachorro, mosquito e um tiranossauro rex de carne! Ou uma água-viva da morte... Há o "Nemesis-wanna-be"). São todos bem meh e seus designs deixam a desejar...
O interessante é que notasse que o grande investimento de novo protagonista da série, seria o Jake, já que ele aprece em duas cenas pós-creditos, dando a entender que ele seria o nova combatente da Neo-Umbrella, ou Bio-terrorismo. Bem, deu xabu!

De qualquer forma, é jogo legal, com graficos bons para a época, cenários não tão inspirado, mas funcionais. Traduzindo, um bom jogo passa-tempo, nada demais e talvez esse seja seu maior problema.
Estavamos esperando um RE6...

Wall of Voodoo - Call of the West


 WoV é uma banda dificil de se ouvir, por mais que seu hit "Mexican Radio" seja estranhamente grudenta (muito da sintese do som do grupo esta nela). Ainda sim, Call of the West é um disco que requer algumas audições para ser compreendido, eu mesmo levei uns bons anos para entender o som da banda e principalmente desse album. o WoV começou como uma empresa de trilha para filmes b, nas horas vagas seus integrantes se juntavam para brincar de "banda". Desse background entedemos muito som lo-fi e clima das canções.
Em geral são narrativas acompanhadas por uma guitarra muito influenciada pelas trilhas Ennio Morricone, samplers, sintetizadores, percussão e bateria eletronica. Todos na banda compoem ás músicas, mas ás letras são só Stan Ridgway (vocalista/tecladista/guitarra), ela é especialista em fazer narrativas do cotidiano, como especie de roteiro de filme independente nas letras. Os temas vão de procrastinação, vida de um empregado de uma fabrica, um casal que perder um fim de semana em Las Vegas, paranoia entre vizinhos, espiões, rádio mexicanas nas fronteiras do EUA, viagem ao oeste, etc...

Esse é um disco que na primeira audição parece que ás faixas são simples demais, mas com o tempo cresce no ouvinte. 

"Tomorrow" tem um quê ala Devo, mas com temas orientais nos sintetizadores; "Lost Weekend" caberia de boa numa trilha Lo-fi de qualquer filme do David Lynch, o clima de estrada e perdição é palpavél; "Factory" tem um som industrial e pesado, isso com inserções de elementos de faroeste e uma guitarra tocando "errado" aqui e acolá; "look At Their Way" tem uma guitarra que emula muito bem os temas de series dos anos 50 como além da imaginação, os vocais dão o clima de paranoia perfeito; "Hands Of love" tem bons momentos, mas é o elo fraco do album; "Mexican Radio" tem uns dos refrões mais estranhos e grudentos que já ouvi, otimas percussões, syths e uma guitarra minimalista; "Spyworld" tem um clima pulsante que permeia toda faixa, a guitarra toca tempos e acordes estranhos, a percussão esta sempre presente; "They Don't Want Me" é a faixa onde a guitarra é mais evidente, principalmente pelo timbre sujo e vocais minimalista; "On Interstate 15" é uma instrumental que poderia de boa estar em qualquer trilha de um faroeste italiano; "Call Of The West" fecha épicamente o disco, com seus sintetizadores, guitarra faroeste e um dos melhores vocais do album. 
 

Infelizmente a banda não durou muito, quer dizer... Não com a formação "clássica", já que Stan saiu do grupo por causa da fama e excessos. A banda em si continou com outro vocalista, que no geral tem boas canções. Mas perdeu o seu principal letrista e a cabeça por trás do som da banda, já que assim que saiu os elementos desse disco foram juntos. Mesmo assim é um marco na estoria da música, pena que poucos conhecem além do seu hit e esta relegada a apenas mais uma banda dos anos 80.