segunda-feira, 20 de junho de 2022

Alone in the Dark - Inferno (ps3)




 Esse jogo é de uma era onde ás desenvolvedoras tentavam coisas diferentes, em geral falhando miseravelmente. Mas pelo menos não se prendiam no "B á bá" de mundo abertos (vazios), tiros em primeira pessoa, multiplayer online ala Fortinite, ou Soulslike como hoje em dia. 

Alone in the Dark, tenta unir os quebra-cabeças, plataforma e ação num mix de jogabilidade  Hack n' slash em terceira pessoa e tiro em primeira pessoa. Por mais interessante que seja, acaba sendo uma experiência esquizofrênica para o jogador. Tem momentos que você fica: "Uau! que jogabilidade incrível com tantas possibilidades!". "Tantas possibilidades de combate e resolução de puzzles". E Outras: "Maldito controles truncados, maldito enigma que não explica direito meu objetivo e ainda me dá tempo limitado para resolver!".

È trágico, por que notasse o amor dos desenvolvedores. Não é um game da Ubisoft reciclado do ano anterior (com algumas coisinhas novas aqui e ali) e desovado no mercado para bater ponto. Mas isso não tira o fato, que por mais que goste do conceito do jogo, ainda é um game que caminha entre o mediano e bons momentos, ouso dizer que tem um charme ala Deadlly Premonition e com certeza não merece a fama de ser um jogo ruim, bem longe disso!


Os controles de tiro (que alias, são sempre em primeira pessoa) são básicos da época: Botão R1 e mira no analógico (L3); Armas brancas basta pegar qualquer objeto disponível na área com X, ou soltar com REDONDO, entrar no modo combate (L1) e usar o analógico (R3) para desenhar os ataques. É funcional, mas impreciso e em momentos de velocidade para executar determinada tarefa podem atrapalhar o jogador e não exatamente a melhor forma de enfrentar os inimigos; Já no quesito plataforma é padrão: QUADRADO pula, o X segura cordas, Redondo solta cordas e objetos; Todos controles podem ser feito qualquer visão de preferencia do jogador, que pode alternar entre 1 e 3 pessoa no TRIANGULO;
Há, já estava me esquecendo...
Tem controles de carro também, mesmo esquema dos de corrida, só bem mais toscos!

O clima do jogo tenta ao máximo ser épico, principalmente no cenário de abertura; Depois na grande Central Park (Não é mundo aberto e sim um grande Hub entre ás fases) tem um clima soturno e de isolamento bem legal, mas nem de longe de tem susto e incrivelmente não apela para "jump scares";
A estória eu achei "meh", é o clichê do mal que vem destruir todo humanidade e os personagens não são tão profundo assim para o jogador se importar. Os diálogos também tem momentos muito engraçados, não são mal interpretados (principalmente quem dubla o Edward), mas é tosco e muito sessão da tarde (com exceção dos palavrões que o protagonista solta direto). Tem seu apelo meio filme trash; Já os gráficos são bons para a época, mas achei que em alguns momentos a falta de detalhes pode atrapalhar nos enigmas, ou itens que ficam escondidos por que não se destacam no campo de visão do jogador. Outro lance que não curte é que o jogo é muito escuro, joguei com o "Gamma" no talo e mesmo assim tem momentos que é complicado. Os momentos ala Burnout, são passáveis, mas tem partes que o carro faz coisas incríveis e geralmente fazendo a gente perder, sem contar que ainda tem alguns bugs bem vivos em 2022, principalmente na primeira sessão de corrida até o parque...

Ok, o combate vai se limitar aos itens que Edward carrega na jaqueta (arma, balas, isqueiros, bandagens, fita-tape, splays (de cura ou de insetos) e garrafas de álcool/gasolina). Lembrando FOGO é a chave para vencer os inimigos, então só usar balas e armas brancas apenas os atordoa momentaneamente. Com isso podemos fazer  coquetéis molotovs, isqueiro e sprays para queimar os monstros, ou usar a garrafas como tiro ao alvo criando uma explosão no inimigo, ou... ahahahahahaa Cara... Podemos por "gasolina/álcool" nas capsulas da arma e criar: BALAS de FOGO! Sim, sem piada... Nesse momento é o desenvolvedores dando o "Fod4ss3" no realismo do game. A parte disso podemos por em chamar qualquer objeto e usar como arma de "FOGO". O que é legal... mas eu achei mais eficaz os sprays, ou jogar ás garrafas, atirando nelas para criar uma explosão nos inimigos. E obvio, balas de fogo! 
Os inimigos se resumem a Possuídos, Morcegos-come come e uma gosma que é a pior coisa do jogo. Mas como Deadlly Premonition, o combate é a parte mais fraca do jogo, tem bastante variedade mas a execução não é tão intuitiva e os inimigos são bem chatos e nada divertido de ficar enfrentando. Não são difíceis, mas entediantes, ou no caso da gosma injustos... Os Chefes são fáceis e no geral requer a mesma estratégia, o que pode ser um desafio em um que requer uma certa velocidade de movimentação e coleta de itens num trem em movimento e os controles vão ser seus inimigos mais ferozes, mas nada impossível.

Já os Quebra-cabeças no geral são bem legais, muitos deles envolve o jogador usar os objetos do ambiente, fogo e luz da lanterna. Só carece um pouco de informação ao jogador, por que a jogabilidade tem tantos elementos que fica difícil saber qual usar. Em alguns a solução (ao meu ver) é mais estranha, nunca teria pensado naquilo. Ou tipo esta, a pista esta escondida num objeto que o pode destruir/mover na parede, mas o gráfico não destaca e você perde tempo dando volta. Em maior chances nos Puzzles envolvendo o símbolos, onde o lance de poder fechar os olhos, um som nos indica onde ele esta, só um detalhe os símbolos já descobertos ainda tem o som, assim acabamos ficando dando volta sem saber o que fazer.... Uma dica seria uma coisa legal de vez em quando, ou sinalizar comando em determinada áreas.

Bem, além disso o jogo inovou como estrutura de série, onde a trama é divida por 8 episódios e podemos ir voltar o quanto quiser na história, cada capitulo tem suar partes divididas. Então esta preso numa area, pula e continua jogando. Só tem um porém (que pode ser ruim em algumas sessões): Você perde todo seus itens ficando apenas com o básico, o que é ruim. Falando por mim, um "gamer modo easy always", é possível jogar os 7 capítulos de boa, em alguns momentos se fica trancado, mas não frustra a ponto de termos que usar o "fastforward". Agora no 8 capitulo, não tem como... Primeiro entra um GRIND massivo, onde temos que aumentar nosso visão espectral, fazendo a mesma atividade no em diversas áreas no parque, o que não seria tão ruim se não tivéssemos limitados a poucos itens de inventario. Grind e survivor horror não dá, depois de 5 ou 6 quests dessas, eu estava a beira de desistir e para minha decepção (já que queria jogar tudo), pulei essa parte. Já depois temos uma longa sessão de quebra-cabeças que são legais, até chegar no penúltimo antes da sessão final do jogo. Onde temos que atravessar um labirinto sobre um poço no escuro, como um objeto em chamas para iluminar onde podemos andar enquanto o teto desce sobre nós bem rápido e para pararmos o teto precisamos ao mesmo tempo usar o objeto em chamas para bloquear a luz que atravessam a sala! Cara, tentei por uma hora, tive que aceitar minha derrota... Não tenho capacidade lidar com os controles e fazer isso tudo! Isso que nas versões anteriores (360/Pc) é possível correr nessa parte, não na versão de ps3 onde o personagem só anda, ou seja não podemos nem "trapacear"...

Mesmo assim, curte minha experiência com o jogo e não tem como não reconhecer suas ideias e inovações, não exatamente bem executadas. Mas nota 10 pelo esforça e paixão pelo projeto. E é um daqueles Games que vai fica na sua memoria, me lembra bastante o já citado Deadlly Premontion. Mas também o NeverDead e Ninja Gaiden: Yaiba. Ou seja, games que ousam pensar um pouco fora da caixa e com certeza agradam apenas a minoria que enfrente seus controles realmente quer joga-los!