sexta-feira, 21 de dezembro de 2018

Soundtracks e suas descobertas

Uma coisa que adoro em ouvir trilhas de filmes (principalmente dos ano 90). É descobrir aquelas bandas obscuras que lançaram apenas um disco ou single.
É incrível pensar que tantos artistas/bandas passam pelo nosso radar e não damos bola. Estamos tão enraizados em apenas ouvir o que gostamos, que raramente damos oportunidade a coisas novas.

Como um "músico" tive por um breve período uma banda que deixou uma ou duas músicas gravadas em uma dessas coletâneas de bandas independentes do RS (Realmente não lembro o nome do disco...). É legal pensar que daqui há 20 anos ou mais, alguém pode achar uma copia e talvez curtir. E aquelas faixas podem dar animo a essa pessoa procurar mais material da banda, que quase certo estará na internet (bem pelo menos no youtube ela acha algo, enquanto meu canal estiver vivo).

E é isso que me anima na música, há sempre coisas novas por aí. Antes para mim seria impossível pensa que estaria ouvindo trilhas do John Carpenter e ao mesmo tempo curtindo discos do Erasure​, pulando para ouvir ELVIS PRESLEY​ nas fases de 68 (onde ele estava no ápice da voz ao meu ver). Ao mesmo tempo desencavando trilhas de filmes que vi na minha infância (Batman Forever, Debi & Loide, o Pentelho, etc...), descobrindo coisas muito boas, mas que no geral, eu apenas vou ter um pequeno brilho das bandas, mas mesmo assim...

Então inspirado por esse pesamento, vim divulgar algumas bandas/artistas que sairão nessas trilhas e que talvez vocês curtam.


1 Green Apple Quick Step - Kid
Essa posso dizer eu descobri a trilha por causa da banda. Primeiro essa música só foi lançada nesse disco (ou singles e se pa BOOTLEGS). Alias nem vi o filme do disco (Eu sei o que vocês fizeram no Verão passado). Bem o que gosto da faixa, é a inocência que música expõem e o quanto a faixa é presa naquele clima final dos anos 90.


2 Eric Benét - True to Myself
Bem, todos sabemos quanto o filme do Batman & Robin é péssimo (quando eu era "guri" curtia). Mas a sua trilha tem algumas faixas muito boas. Essa tem um quê de anos 70 com Hip Hop. Eu que sou avesso a Hip Hop, curte bastante a melodias vocais e refrão pegajoso que fica na cabeça.


3 Deadeye Dick - New Age Girl
Essa é uma que sempre me lembra minha infância. Primeiro faz parte de um filme que até hoje me faz rir (para o bem ou para o mal). Não sei, deve ser o riffzinho sacana que permeia toda música e ficava perfeito com ás tiradas do filme.


4 The Sons - Too Much of a Good Thing
Essa outra que tem uma guitarra muito marcante, tem um refrão bem "meh" mas por alguma razão curto.


5 The Smashing Pumpkins - The End is the begnning is the end
Essa é uma meio obvia (não tanto quanto a próxima), mas nossa que riff e umas das últimas faixas antes da banda começar sua jornada a músicas cada vez mais sem alma.


6 U2 - Hold , thrill me, kiss me, kill me
Essa faixa junto com o clipe é uma coisa que jesuizo. O riff do Edge é o topo do ele pode produzir em matéria de peso e efeitos, a cozinha mantem uma cama para os vocais mansos do Bono (que é um baita vocalista em estúdio, mas ao vivo...). Isso me lembra um pouco meu irmão mais velho e por muito tempo evitei a banda exatamente por causa disso. Mas não tem como negar que no período de 91 á 97, o U2 fez baitas músicas.


7 Cracker - Get Outta My Head
Essa descobri agora, vem de um filme que curto, mas não lembro de ouvir ela nela. De qualquer forma, muito bom o estilo estranho dela. Me animou a achar o cd da trilha e escrever essa "crônica".


8 Flaming Lips - Bad Days
Essa tem um dos dedilhados mais tristonhos que já ouvi (que se fosse um "músico" sério tentaria tirar), com um clima meio caipira e por cima uns vocais ala desenho animado.


9 Southern Culture on the skids - My baby's got the strangery ways
Essa me lembra um cruzamento bizarro entre Elvis e Mojo Nixon.


10 - The Crash Test Dummies - mmm mmm mmm mmm
Ok, música ótima e com certeza uma das mais memoráveis da trilha e total anos 90 (se bem que curto mais a versão do Weird Al'). Mas... QUE TITULO É ESSE!?!?!?











quinta-feira, 13 de dezembro de 2018

Um ser bom e correto



Uma coisa ao qual tenho notado é que raramente escrevo como antes (com exceções de algumas esparsas resenha de jogos). Muito por que não sinto mais tanta necessidade. Talvez tenha gasto toda minha criatividade, quem sabe pouco tempo ou muito tempo gasto vendo TV (youtube hoje em dia pode ser considerado televisão né?)
.
Na real ainda tenho os mesmos dilemas filosóficos e minhas contradições, mas agora podemos dizer que com uma certa maturidade para lidar com eles e ao mesmo tempo um egoismo para manter minhas “soluções” para mim. Não que eu seja especial nem nada, sou tão “quebrado” quanto qualquer um e volta meia me vejo encarando minhas hipocrisias (e são muitas). Mas perde a “necessidade” de estar sempre me manifestando ao aparecendo na intricada teia social das pessoas, por que na real não creio que seja importante, eu não sou importante, eu não quero ser exemplo e nem bancar o Jesus dos bons princípios e um ser de decisões sábias. Por que eu não sou esse cara, sinceramente cansei de querer ser o “cara”, estou cada vez mais (na medida do possível) tentando ser em apenas ser eu. Seja lá o que isso quer dizer...
Muito do que escrevia tanto quanto ficção, ou opiniões vinha do fato de sentir que não era ouvido ou levado a sério. De estar a parte das pessoas e de toda essa baboseira social. Sem contar o fato de ter medo de me expressar diretamente, de falar e ouvir, principalmente ouvir o que não se quer ouvir. Antes me limitava a apenas estar a par do que me agradava e de quem me agradava. Com a vida “adulta” chegando tive que me adaptar, ver o geral, para de ser tão babaca e apenas achar que o meu lado está certo. Ainda acredito que existe o “certo e errado”, e sempre questiono pessoas que dizem que estamos vivendo numa época de várias “tonalidades de cinza”, ou seja, cada individuo é único e que o meio em que você nasce e se desenvolve afeta da sua percepção de “realidade”, mas isso não ti isenta da sua responsabilidade quando afeta outras pessoas. Estamos tão polarizados em apenas em pensar em nós mesmos, que mesmo o “justiceiros sociais” defendem causas que beneficiam aos ego deles. Hoje mesmo estava vendo uma noticia de um “protesto” de estudantes por causa uma proposta na camará para a passagem escolar ser apenas para alunos com a renda abaixo de três salários mínimos, achei viável e muito país podem se dar ao “luxo” de pagar ás passagens dos filhos. Mas na cabeça deles o estado tem que bancar metade das passagens dos estudantes, mesmo que não precisem e no final das contas todos pagamos no final (via impostos). Um assunto mais próximo, foi uma conversa que tive com um amigo há um tempo sobre pirataria, onde afirmei que com tantas empresas de Streaming e com preço acessível. Não há mais necessidade de se roubar. Ao qual ele disse que não gastaria por que tem filhos, contas, etc...
Isso me fez pensar, por que todo mundo acha que um terceiro elemento tem que resolver os teu problemas? Não foi a NETFLIX, nem o SPOTIFY ou a STEAM que engravidou tua mulher! Foi você, é tua responsabilidade deixar teus luxos de lado para cuidar da criança. E não justifica tuas atitudes. E tipo não sou santo, também pego “emprestado” material que não consigo por “meios legais”. Mas limito a apenas coisas que realmente não tenho como conseguir.
Mas hipocrisias a parte, eu não entendo por que todos acham que são a exceção a regra. Com qual cara você pode falar mau de políticos corruptos quando se pratica pequenas corrupções diárias?!?! Talvez seja uma forma de se recompensar pelas “injustiças” que acontecem contigo o tempo todo, e veja bem eu também faço parte disso. Tem ocasiões em que equilibro a balança a meu favor, mas no final do dia sempre fica um gosto amargo na boca. Ou seja, estou tentando ao máximo tirar essa tendencia nossa de ser a vitima e sim tomar as rédeas e aceitar que com minhas atitudes, vou ter resultados que nem sempre serão ao meu favor. Aceitar que nem sempre o certo traz aplausos, gratificações e adulação. E que é perigoso falar a verdade para quem não interesse nela.

E isso não é critica a ninguém, consigo me separar dos meus princípios e aceitar que não é para todos e na medida do possível tento entender meus semelhantes (creio que mais falho, que venço). Isso sim que é uma batalha, tirar da cabeça aqueles pensamentos: “Por que o fulano não fez isso desse jeito e não do MEU jeito... Por que EU sou um ser bom e correto e ele não. Por que ele não é como EU”.

sexta-feira, 22 de junho de 2018

Ás trilhas de John Carpenter



John Carpenter além de ser um diretor genial, é dos melhores compositores de trilhas sonoras. Desde de Halloween sempre teve um estilo de notas simples e ressoantes que fica na cabeça, quase baseia seus temas em Riffs (sequência de notas). Falar apenas de uma obra é quase uma ofensa...
Do climas perturbadoramente minimalista a sons macabramente sintetizados, seus temas cria um cobertor de emoções. Trilhas como Escape from NY, The Fog, They Live e Halloween grudam na memoria do telespectador.

Acima de tudo sempre percebe na maneira que os filmes dele tem um estilo, suas músicas seguem a mesma cartilha. Isso tanto para o bem quanto para o mal. Nem todas suas peças são obras-primas. E até quando compoem em parceria, seu estilo contamina seu parceiro musical (vide trilhas como Escape from NY e LA).
Não tem muito que se dizer, o cara consegui transmitir toda tensão de uma em apenas se repetindo envolta de uma nevoa de sons simples. O riff de “Halloween Theme” transborda perigo e desespero; “Escape From NY” tem um quê militarizado, embora eu curta muito mais a pegada rock “Escape from LA”; “Haunted House” emanam uma tristeza e afrição; “The Fog” tem umas linha melódica belíssima (mesmo que lembra levemente o tema Phatasm); “Assault on Precinct 13 Theme” tem um quê policianesco (existe essa palavra?!); A cacofonia sci-fi de “Dark Star” com sons eletrônicos; E “Julie” emana pesar e simplicidade; “The Thing” com sua batida reta e acordes de sintetizados contornado o ritmo; A canastrice rockeira de “They Live”, se bem que prefiro o blues de “Coming to LA”;

Obvio nem tudo é genial “Starman” é exageradamente tediosa; Qualquer trilha de “Ghosts Of Mars” (mesmo com boas ideias) é fraquíssima. Ainda mais com uma banda de Heavy Metal! E suas trilhas mais recentes deixam a desejar. Mas o que ele representa nas trilhas sonoras de filmes de terror, isso ninguém pode negar.

sexta-feira, 15 de junho de 2018

Eu e minhas coisas imperfeitas


Na bagunça do meu quarto (ou nosso quarto, segundo minha esposa) encontro 'n' itens que traduzem um pouco da minhas personalidade: Pendurado na parede ao lado da minha (nossa) cama esta uma reconhecida guitarra Tonante Rei do anos 70 (creio eu). Vamos dizer que ela é no minimo peculiar. O braço é bem mais grosso e dificulta os acordes, a altura das cordas posso usar dois tipos ou alta estilo berimbau, ou bem próximas a ponto das cordas vibrarem e ficar batendo na escala. Ela é leve e tem um acabamento rustico. Quando a comprei minha ideia era tunar ela e deixar de certa forma “perfeita”. Mas assim que toquei senti que devia deixar ela assim. Não sei, mas ás imperfeições dela me conquistaram. No som fraco e baixo dos captadores tem mais personalidade que qualquer outro instrumento que já tive. Não é igual, é algo característico dela ao qual me afeiçoei.
Ao lado da minha mesa tem um TV de tubo que comprei para jogar um Megadrive. Na verdade antes dessa, tinha pegado um LG preta com a carcaça toda arranhada. Mas com o tempo a tela começou a “comer” a borda. Bem fui obrigado a trocar por uma da mesma marca, cinza bem menos arranhada, mas que a principio funciona perfeitamente. Mesmo que a tela dele tem um defeito, onde sai um “tecido” entre a tela e a moldura. Nada que atrapalhe me incomoda, mas acho que vou ter que conviver com isso. Uso ele mais para ver dvds, em sua maioria filmes antigos (Além da imaginação, Star Trek, Batman dos ano 60 e filmes de monstros da Universal...), diria que ela representa um pouco da minha nostalgia.
Logo acima dela esta minha TV nova e perfeita, isso até meu gatos derrubarem ela e agora ele ter uma rachadura característica na moldura, na parte direito superior, ou seja mais imperfeições na minha vida. Bem eu prende ela na parede, para derrubarem de novo os gatos terão que se esforçar um pouco mais e possivelmente vão conseguir.
Ao lado dela tenho umas prateleiras (onde ponho livros, jogos, hqs dvds e alguns “bonequinhos”) que instalei (junto com a minha esposa) que instalei a olho nu, ou seja mais imperfeições. Ela de longe parece milimetricamente perfeita, mas quando se vê de perto notasse sua personalidade torta. Pensando filosoficamente, é bem parecido com a gente.
Neste exato momento, estou ouvindo cds (sério). Uma tecnologia morta onde a maioria tem arranhões e suas capas estão em processo de envelhecimento. Como em sua maioria são usados, quase todos eles carregam ás chagas dos seus ex-donos.
E de forma imperfeita perfeito devo terminar esse "texto". não por ser estiloso, mas por não ter a minima ideia como terminar. Bem eu poderia desenvolver todo uma pseudo bbeseiro ao meu apego com a imperfeição, mas muita mão!