sexta-feira, 22 de junho de 2018

Ás trilhas de John Carpenter



John Carpenter além de ser um diretor genial, é dos melhores compositores de trilhas sonoras. Desde de Halloween sempre teve um estilo de notas simples e ressoantes que fica na cabeça, quase baseia seus temas em Riffs (sequência de notas). Falar apenas de uma obra é quase uma ofensa...
Do climas perturbadoramente minimalista a sons macabramente sintetizados, seus temas cria um cobertor de emoções. Trilhas como Escape from NY, The Fog, They Live e Halloween grudam na memoria do telespectador.

Acima de tudo sempre percebe na maneira que os filmes dele tem um estilo, suas músicas seguem a mesma cartilha. Isso tanto para o bem quanto para o mal. Nem todas suas peças são obras-primas. E até quando compoem em parceria, seu estilo contamina seu parceiro musical (vide trilhas como Escape from NY e LA).
Não tem muito que se dizer, o cara consegui transmitir toda tensão de uma em apenas se repetindo envolta de uma nevoa de sons simples. O riff de “Halloween Theme” transborda perigo e desespero; “Escape From NY” tem um quê militarizado, embora eu curta muito mais a pegada rock “Escape from LA”; “Haunted House” emanam uma tristeza e afrição; “The Fog” tem umas linha melódica belíssima (mesmo que lembra levemente o tema Phatasm); “Assault on Precinct 13 Theme” tem um quê policianesco (existe essa palavra?!); A cacofonia sci-fi de “Dark Star” com sons eletrônicos; E “Julie” emana pesar e simplicidade; “The Thing” com sua batida reta e acordes de sintetizados contornado o ritmo; A canastrice rockeira de “They Live”, se bem que prefiro o blues de “Coming to LA”;

Obvio nem tudo é genial “Starman” é exageradamente tediosa; Qualquer trilha de “Ghosts Of Mars” (mesmo com boas ideias) é fraquíssima. Ainda mais com uma banda de Heavy Metal! E suas trilhas mais recentes deixam a desejar. Mas o que ele representa nas trilhas sonoras de filmes de terror, isso ninguém pode negar.

sexta-feira, 15 de junho de 2018

Eu e minhas coisas imperfeitas


Na bagunça do meu quarto (ou nosso quarto, segundo minha esposa) encontro 'n' itens que traduzem um pouco da minhas personalidade: Pendurado na parede ao lado da minha (nossa) cama esta uma reconhecida guitarra Tonante Rei do anos 70 (creio eu). Vamos dizer que ela é no minimo peculiar. O braço é bem mais grosso e dificulta os acordes, a altura das cordas posso usar dois tipos ou alta estilo berimbau, ou bem próximas a ponto das cordas vibrarem e ficar batendo na escala. Ela é leve e tem um acabamento rustico. Quando a comprei minha ideia era tunar ela e deixar de certa forma “perfeita”. Mas assim que toquei senti que devia deixar ela assim. Não sei, mas ás imperfeições dela me conquistaram. No som fraco e baixo dos captadores tem mais personalidade que qualquer outro instrumento que já tive. Não é igual, é algo característico dela ao qual me afeiçoei.
Ao lado da minha mesa tem um TV de tubo que comprei para jogar um Megadrive. Na verdade antes dessa, tinha pegado um LG preta com a carcaça toda arranhada. Mas com o tempo a tela começou a “comer” a borda. Bem fui obrigado a trocar por uma da mesma marca, cinza bem menos arranhada, mas que a principio funciona perfeitamente. Mesmo que a tela dele tem um defeito, onde sai um “tecido” entre a tela e a moldura. Nada que atrapalhe me incomoda, mas acho que vou ter que conviver com isso. Uso ele mais para ver dvds, em sua maioria filmes antigos (Além da imaginação, Star Trek, Batman dos ano 60 e filmes de monstros da Universal...), diria que ela representa um pouco da minha nostalgia.
Logo acima dela esta minha TV nova e perfeita, isso até meu gatos derrubarem ela e agora ele ter uma rachadura característica na moldura, na parte direito superior, ou seja mais imperfeições na minha vida. Bem eu prende ela na parede, para derrubarem de novo os gatos terão que se esforçar um pouco mais e possivelmente vão conseguir.
Ao lado dela tenho umas prateleiras (onde ponho livros, jogos, hqs dvds e alguns “bonequinhos”) que instalei (junto com a minha esposa) que instalei a olho nu, ou seja mais imperfeições. Ela de longe parece milimetricamente perfeita, mas quando se vê de perto notasse sua personalidade torta. Pensando filosoficamente, é bem parecido com a gente.
Neste exato momento, estou ouvindo cds (sério). Uma tecnologia morta onde a maioria tem arranhões e suas capas estão em processo de envelhecimento. Como em sua maioria são usados, quase todos eles carregam ás chagas dos seus ex-donos.
E de forma imperfeita perfeito devo terminar esse "texto". não por ser estiloso, mas por não ter a minima ideia como terminar. Bem eu poderia desenvolver todo uma pseudo bbeseiro ao meu apego com a imperfeição, mas muita mão!