terça-feira, 22 de março de 2011

Canto escuro do bar...

Num banheiro fedorento qualquer ele refaz sua maquiagem, pisando na poça de sangue que se esvai do cadáver do sanitário esquerdo... Duas e meia da manhã e a sensação que a caçada a recém começou.
Passando por boates e botecos fedidos, a cada esquina um assobio e cortejar de mais algum bêbado podre, como ele pensa em degolar todos, no guinchar de desespero alcoolizado, ás sua tentativas fúteis de de agarrar o ultimo fio da vida que é arrancado por suas mãos.
Entre numa casa de festas barulhenta onde toca a música padrão desses porcos, onde a cada passo você é bolinada apalpada: Canto escuro do bar... Acendo um cigarro... Recebo uma bebida... Escolhido do outro lado sorri em retorno ao meu olhar. Meia hora de estorias estúpidas sobre sua vida vazia e instintos triviais, minha mão perto do seu pênis e um convite irrecusável ao banheiro masculino sussurrado com um sussuro rouco ao ouvido...
Fecho a porta do sanitário e caminho deixando passos sangrentos no chão, agradeço a música alta que serviu para abafar o ruídos de minha diversão, sinto pena do faxineiro ou de quem será que vai limpar a sujeira depois. Da minha parte me sinto extremamente cansada e satisfeita, hora de ir para casa alimentar meus gatos e dar um beijo de bom dia na mamãe.

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