sexta-feira, 14 de janeiro de 2011

Boa historia para uma lápide...

Ás sete de manhã devidamente acordado, seu Talba jazia em pé no piso de seu quarto, aos setenta anos aprenderá a acordar antes do velho despertador à bilha. Esperava por esse momento toda noite, quase não adormeceu de tanto expectativa. Convidara seu amigo de longo data “Velho” Adegesto, que se mostrou tão emocionado com ambos terem a mesma ideia, sem ao menos dizer um ao outro, mas ao mesmo tempo dizendo, lógica de idoso como eles combinariam mais tarde em suas lápides conjuntas.
Essa amizade bem surreal vinha desde dos tempos remotos da Mesopotâmia, não me cabe documentar como elo lírico da corrente, mas sim mostrar o quão próximos eram essas velhas fadas do mar!
Voltando ao seu Talba que se encontrava enterrado no piso de seu quarto com uma mão em seu quarto testículo e outra na orelha, pensando e ponderando sobre o maravilhoso dia que lhe esperava. Evitou em olhar para os porta-retratos de suas 13 ex-esposas, o “luxuoso lado negro” do quarto como dizia “velho” Adegesto, todas ás noites que abusavam de sua noites de Sclabble e dividiam a cama com um velho casal gay de pelotas.

(Não se perda em semântica velho narrador fajuto! Falo para mim mesmo enquanto digito....)

Do outro lado da quadra Adegesto estava deitado, tentando respirar, roncando e dormindo à espera do velho toque do telefone para lhe chamar e por suas roupas tão enrugadas como ele. Passará a noite em ansiá vendo antigas Sketchs cômicas do seu grupo favorito, “Entornando a sopa no caldo”. Começará a curti humor nonsense graças a seu falecido cachorro, que certo dia teimou em morder seu controle deixando permanente trancado no canal central de comédia, todos perguntavam por que ele não trocava os canais na TV ou simplesmente comprava um controle novo, mas ele sempre respondia:
- Se seu cachorro escolhe sua programação, alguma coisa devia estar errado com você, mas se você o contrariasse alguma coisa devia estar errada com o cachorro!
Ninguém nunca entendeu e como resultado ás pessoas se afastaram dele. Mas no mais não havia por que reclamar, tinha o uísque, TV, herpes, hemorróidas,a vista do Guaíba e sua ex-mulher havia recentemente sido vitimo de múltiplos estupros e assassinatos, o que lhe fazia se sentir em ótimo humor nos últimos dias.

O telefone toca e pés andam, enquanto os enrugados se ajeitam, o calor de Porto Alegre... aquece, ás estrada tomam vida e se enchem de luz dos autos que iluminam e dissipam o sangue das estradas da noite anterior, "é.... a vida é só um tempo antes da morte", disse um sábio poeta, eu.

Ambos se encontram ás 8h no meio do velho bar onde se abastecem de uísque e afofam suas pantufas e passam brilho, “prontos”, pensam em voz alta e se respondem: SIM.

Ás portas estão abertas, maldição não foram os primeiros à chegar, mas estão em terceiro e quarto lugar, então serve. Adegesto ensaboa a camisa hawaiana desbotada enquanto seu Talba alisa seus documentos. Sorrisos, livresse de metais e conversa sobre o passado futuro:

“- Essa marca vermelha é normal?
- Talvez seja câncer...”
“- Olha só... Você e suas hemorróidas!!!”
“- Adivinhas quem tem Alzheimer? ...”
“- Metade das potencia sexual está na língua e nos dedos... Cuidado com a sopa!”
“- Esses dias vi um modelo incrível, vermelho e bem torneada, encaixava perfeitamente em mim.
- Outro banquinho de madeira? Por que não compra um puff”


Por que eles vivem para ficar nas filas do banco, pensando como suas vidas enfadonhas fazem tanto sentido sem ter sentido...

2 comentários:

  1. AUIHIUAHIHAUHIUAIUAHHAIA
    meu deus daonde tu tira essa ideias malucas?
    mtu afu xD

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  2. Essa eu tirei de ums véios que vi na fila do Banrisul, tipo como aquilo fosse o apíce da vida deles! Aí pensei... seria interessante escrever algo sobre a preparação pra esse dia importante. HAHHAhhahahahahhahahahhahahahahaaa

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