Engraçado não me lembro se já fiz uma resenha do esse disco, mas como estou (estava) sem recursos para consultar, paciência...
O kiss sempre foi uma banda que em geral, sempre jogou no garantido, a mesmo formula de rock n' roll básico, quase sempre. Music From The Elder é um algum concebido num período onde suas cabeças criativas (Gene & Paul) não sabiam se agradavam os fãs, críticos, ou a si mesmos. Elder tem a sina de ser o disco que até mesmo seus criadores tem ojeriza, mesmo que com o status "cult" que o álbum ganhou durante ás décadas e ainda hoje em dia o consideram um disco inferior.
O kiss sempre foi uma banda que em geral, sempre jogou no garantido, a mesmo formula de rock n' roll básico, quase sempre. Music From The Elder é um algum concebido num período onde suas cabeças criativas (Gene & Paul) não sabiam se agradavam os fãs, críticos, ou a si mesmos. Elder tem a sina de ser o disco que até mesmo seus criadores tem ojeriza, mesmo que com o status "cult" que o álbum ganhou durante ás décadas e ainda hoje em dia o consideram um disco inferior.
O conceito veio de uma frase que de Gene pensou: "quando a terra era jovem, eles já era muito velhos" (parafraseando grosseiramente). Muito baseado em personagens entidades como o Vigia da Marvel para os "antigos" e calcado nas jornada do herói (aquela mesmice do escolhido). Bem, vamos ser sinceros o enredo é bem clichê e fraco, mas não é tão ruim para um disco conceitual. O problemas que a banda não soube trabalhar bem o estilo da banda e casar os personagens com suas personas dos seus integrantes. Além disso depois da gravadora ouvir ás músicas, eles alteraram a ordem das canções para tornar o material mais atrativo. No tracklist original (e depois nas edições remasterizadas) a banda tenta contar uma estória pelas faixas, mas a sequência é um padrão muito lento e insosso. Nessa situação creio que os "executivos" souberam ouvir melhor o material (musicalmente) e fazer um álbum coeso e com muito mais dinâmica, mesmo sacrificando o "enredo" em prol das canções. Outro detalhe que complica a "trama" é que em geral em Rock-óperas, cada integrante incorpora um personagem, nesse é difícil saber quem é quem: Paul é "Menino" que deve aceitar seu destino? Gene, o ancião que traz a jornada ao escolhido? Ace é o vilão que tenta corromper o herói? Então porque em certas canções eles trocam os papeis? Infelizmente eles não tinham um Pete Towshend para trazer sentido a historia...
De qualquer forma, musicalmente temos um Kiss mostrando que pode fazer um som que foge das amarras da suas própria sombra. Ainda é Kiss, mas temos influências de Bowie, metal, coros, musica medieval, "progressivo" adornados pela simplicidade da banda.
De qualquer forma, musicalmente temos um Kiss mostrando que pode fazer um som que foge das amarras da suas própria sombra. Ainda é Kiss, mas temos influências de Bowie, metal, coros, musica medieval, "progressivo" adornados pela simplicidade da banda.
- Fanfare: Essa seria a introdução do album, bem o problema é que tão sem sal e medieval demais. Pior que que talvez poderia ser uma boa intro se tivesse participação da banda, tipo primeiro movimento apenas instrumentos medievais e depois no segundo tudo culminando com a banda estourando numa instrumental que poderia ter potencial e se você ouvir, notasse que esta lá isso, uma pena;
- Just a Boy: Balada típica do kiss com elementos medievais nas sessões acústicas, os vocais de Paul estão muito bons, principalmente se destacando no refrão;
- Dark Light: Para mim é um dos melhores Riffs de Ace, musicalmente é puro rock com boas ideias de percussão;
- Only You: Essa começa com um riff simples e poderoso que vai crescendo com os vocais, sim não é o Ace e sim Gene na guitarra. No refrão temos vocais sintetizados que dão um tom estranho cibernético a canção, não posso de ressaltar ás linhas de baixo que costuram a música de forma incrível.
- Under The Rose: Bateria marcial, vocais declamados e refrãos em coro, mais épico que isso impossível;
- A World Without Heroes: É pura breguice, o clima de showzinho vagabundo e baladinha obscena dos anos 70 com direito a cordas. Mas é tão bem construida e Gene se rasga tanto nos vocais que não tem como não gostar dela. E sim o solo de guitarra é o Paul que toca e não Ace;
- Mr. Blackwell: O baixo soturno que comanda cada nuance da música, os vocais "vilanescos" de Gene são perfeitos, principalmente no refrão. A guitarra é esparsa e abusa de espaço, mas marca presença;
- Escape From The Island: Instrumental que apenas foi incluída na edição em cd (e nas remasters posteriormente). É bem rock n' roll e frenética e com um tom de fuga, ainda mais com sirene que toca incessantemente;
- Odissey: O Cruzamento entre baladas Kiss-nianas (eu sei, acabei de inventar essa palavra) e Bowie/Ziggy. Tem todo aquele clima alienígena banhado em nostalgia (ou seria sintetizadores?). Estranhamente Paul canta em barítono, algo que raramente (talvez nunca) fez(ia). Além disso, bons arranjos de corda e piano;
- I: É puro Kiss, guitarras altas, vocais cruzados e refrão para os fãs cantarem junto. Quase perfeita, o que estraga é um verso moralista babaca no segundo verso, além de quase arruinar a música não tem nada a ver com o estória do disco;
Longe de ser perfeito, mas também muito longe de ser considerado o pior disco da banda (alias, com meu gosto duvidoso é o meu favorito, sendo seguido por Hotter Than Hell e Destroyer no meu top 3 da banda). The Elder vale a audição de fãs e não fãs do Kiss.