Existem vários tipos de “Andrés” dentro de mim, não
exatamente uma pessoa dentro de mim, mas sim personalidades. Uma mais
interessante que a outra por sinal e ás vezes não. Bem, eu queria ser uma pessoa
mais direta e menos confusa, preto e branco sem esses tons de cinza que sugam minha
sanidade, mas fazer o que!
Tem o intelectual que adora banca o sabichão sobre
qualquer coisa, muitas vezes inventando fatos; O mal-humorado que qualquer
coisinha besta incomoda, onde todas as pessoas parecem ser tão idiotas, ondo tudo
dá errado e parece conspirar contra; O tímido que foge das atenções de todos,
não por que se acha superior nem nada, mas sim por que acha que ninguém devia
perder tempo pensando nele, sabe... Ele não é nada demais e tem pessoas mais
interessantes no mundo; Há o esnobe que acha que é superior a todos, os que não
entendem não vê sua grandeza nesse mundo, mesmo com pouco espaço de vez em
quando ele aparece para assombrar a minha cabeça; O neutro que prefere não se
envolver e ficar na sua, procura paz de espirito na conveniência e no conforto:
“ás pessoas e o mundo são assim por que tentar muda-lo?” Esse é seu lema; O intolerante
que não entende por que tanta injustiça nesse mundo, não entende por que teimam
em errar se o certo é tão obvio, que não entende por que tanta hipocrisia de
não querer se envolver e ficar preso no seu mundinho; O hipócrita, aquele que
adora quebrar ás palavras o que os “outros” disseram, não vendo que isso vai
cobrar o preço com passar do tempo; O depressivo que não vê esperança em nada;
O paranoico que teme por tudo e por todos; O cínico onde o maior prazer é ser
mau e desnecessário com suas piadas e comentários de mau-gosto; O criativo que
aparece em músicas textos e desenhos maus feitos; O fresco que adora designe de
interiores e programas de moda & comportamento; O histórico que fica os sábados
entediantes grudado no history channel; O infantil que adora desenhos e coisas nostálgicas
da infância; Há o nojento, que é bom não comentar... Deixe a sua imaginação
fluir; O educado, que esfrega seu sorriso na sua frente, mas nem sempre é o que
aparenta; O feliz que por alguma razão se sente bem, mas teme se sentir mal, por
que tem a neura que nada fica bom por muito tempo; O profissional que é teimoso
em seguir regras sem exceções; O romântico que não sabe se expressar e vive
escondido por que tem medo de se mostrar e bancar o babaca; O desastrado sexual
que não sabe o que faz, mas finge bem; O social que tenta ficar de boa com todo
mundo, mas na real não se importa e sim com alguns poucos que conta nos dedos; O
falso que finge não se importar com nada, por que sabe que isso afeta mais ás
pessoas, mas quem sofre no final é ele; E finalmente (eu acho) temos o que
sofre de remorso por todos eles, pelas decisões, ações ou não ações, ele tem
bastante espaço em mim, mas estou tentando me livrar dele, certos hábitos são difíceis
de perder.